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quarta-feira, 27 de março de 2013

DEFESA DE DISSERTAÇÃO


Seminário


Laboratórios ganham conexão on-line com centros de pesquisa


 

Software permite que companhias farmacêuticas obtenham informações sobre 400 mil centros de pesquisa clínica no mundo.
No vasto universo da internet - que até fevereiro contava com 631,5 milhões de sites ativos, de acordo com a consultoria Netcraft - é cada vez mais difícil encontrar um segmento não explorado para desenvolver um projeto inovador. Mas um grupo de brasileiros encontrou uma área ainda sem um grande concorrente internacional: o relacionamento entre a indústria farmacêutica e centros de pesquisa que testam medicamentos em fase de estudo.
 
De acordo com dados da Federação Internacional de Associações de Indústrias Farmacêuticas (IFPMA, na sigla em inglês), as pesquisas clínicas movimentam no mundo em torno de US$ 50 bilhões por ano. O custo médio para se testar um medicamento em pessoas é de US$ 150 mil por centro de pesquisa. No mundo, existem em torno de 400 mil centros de pesquisas clínicas, mas encontrar a unidade mais adequada para testar determinado medicamento não é uma tarefa simples. "É muito comum uma indústria contratar um centro e descobrir, no meio do processo, que ele não possui o número desejado de pessoas para realizar os testes, ou não conseguirá testar o medicamento no prazo adequado", afirmou Fábio Thiers, presidente da ViS Research.
 
Thiers desenvolveu o projeto da companhia novata enquanto cursava pós-doutorado em ciências da saúde e tecnologia na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Em parceria com Dan Martines, especialista em tecnologia da informação (TI), e com o médico Gustavo Kesselring, Thiers desenvolveu um software, acessado pela internet, que permite às companhias farmacêuticas obterem informações sobre 400 mil centros de pesquisa clínica no mundo.
A ferramenta oferece informações como localização do centro, número de pesquisadores, áreas de estudos, número de pacientes disponíveis para testes e equipamentos disponíveis. O serviço também compara o desempenho dos centros por área de pesquisa. A busca é similar à realizada pelo serviço de mapas do Google. Basta selecionar o tipo de pesquisa e os países onde a empresa pretende realizar os estudos e o software apresenta, de forma quase imediata, um mapa dos centros disponíveis.
 
O cadastro dos centros de pesquisa é gratuito. As companhias farmacêuticas pagam por pacotes de dados, que variam de US$ 500 mil a US$ 2 milhões. O valor parece alto, mas não se compara à economia que as empresas podem ter com o serviço, disse Thiers. "O custo das pesquisas clínicas varia de US$ 1 bilhão e US$ 5 bilhões e a escolha do centro de pesquisas certo pode trazer uma economia de 10% a 20%."
 
A ferramenta da ViS Research foi desenvolvida com um investimento de US$ 5 milhões, feito pelos sócios. A empresa tem sete patentes registradas e conta com escritórios no Brasil, nos Estados Unidos e na Índia. A proposta é ter uma atuação global. Gustavo Kesselring, diretor de engajamento de centros de pesquisa da ViS Research, disse que, atualmente, dez das maiores empresas farmacêuticas do mundo já testaram a ferramenta, que começa a ser vendida neste mês. "A expectativa é que sejam realizadas 300 pesquisas com a ferramenta já neste semestre, com a produção de 2 mil medicamentos", afirmou.
 
Os sócios da ViS Research planejam fazer neste semestre uma nova rodada de investimentos. A meta é atrair entre US$ 5 milhões e US$ 10 milhões de fundos de investimentos.
(Valor)

 

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